El desafío del enfrentamiento de la pandemia Covid-19 delante de las desigualdades socioterritoriales en Londrina/Pr/Brasil.

Ideni  Terezinha Antonello; Léia Aparecida Veiga

Autores

Ideni Terezinha Antonello Universidade Estadual de Londrina
Léia Aparecida Veiga Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave:

Favelas, Exclusão, Política Pública habitacional, Covid-19, Londrina/Brasil.

Resumo

A problemática que orientou a realização desta pesquisa se refere a questão do acesso a moradia no Brasil, pois as áreas com maior disponibilidade de equipamentos urbanos torna-se acessível somente para os sujeitos que podem pagar, excluindo assim grande parte dos trabalhadores. Assim, objetiva-se neste artigo apresentar uma análise das desigualdades socio-territoriais urbanas de Londrina, sendo um dos seus resultados mais perversos, a presença favelas e a exposição dos moradores a maior contaminação por Covid-19, em 2020 e início de 2021. A pesquisa de abordagem qualitativa foi realizada a partir de levantamentos de informações em material bibliográfico; estatístico e visitas in loco na área de estudo. A cidade de Londrina/PR/Brasil foi recorte espacial e analítico da investigação, onde verificou-se a ocorrência de 69 áreas de favelas, com 3.997 famílias morando moradias insalubres, sem condições sanitárias mínimas para a manutenção da saúde e bem estar das famílias. Os resultados da pesquisa indicaram a urgência de se elaborar políticas públicas de habitação que vise uma cidade inclusiva, segura, sustentável e a importância de se debater a política pública segregacionista que não consegue reduzir as desigualdades sociais e que na contemporaneidade.

Biografia do Autor

Ideni Terezinha Antonello, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Geografia. Docente no departamento de Geociências e no Programa de Pós-graduação (mestrado/doutorado) em Geografia da Universidade Estadual de Londrina/UEL.

Referências

AMORIM, P. H. S. de. Dinâmica espaço-temporal e indicadores sociais: análise do Coronavírus (COVID-19) em Maceió (AL). Revista Contexto Geográfico, MACEIÓ-AL, 2020, V. 5. N.9, p. 16 – 30.

BOTEGA, L. A Política Habitacional no Brasil (1930-1990). Revela, Praia Grande, 2008, v. 01, n. 02, p. 01-14. Disponível em Internet: http://www.fals.com.br/revela9/politicahabitacional.pdf.

COHAB LD – Companhia de Habitação de Londrina. Dados ocupações irregulares, 2027. Disponível em Internet: http://www2.londrina.pr.gov.br/cohab/.

CARLOS, A. F. A. A prática espacial urbana como segregação e o direito à cidade como horizonte utópico. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto lobato; PINTAUDI; Silvana Maria (orgs). A cidade contemporânea: A segregação espacial. São Paulo: Contexto, 2013, p. 95 – 110.

CZISCHKE, M. D. & ROLNIK, R. Housing policy issues in contemporary South America: an introduction. International Journal of Housing Policy, 2019, 19:3, p.277-287. DOI: 10.1080/19491247.2019.1627843

DAVIS, MIKE. A crise do coronavírus é um monstro alimenta¬do pelo capitalismo. In: Davis, Mike. et al. Coronavírus e a luta de classes. Terra sem Amos: Brasil, 2020, p.5-12.

FALCHETTI, C. Social Policy and the Dynamics of Neoliberalism. The My House, My Life Program and the Commodified Mediation of Housing. Latin American Perspectives, 2020, Vol. 47 No. 2, 131–146. Doi: 10.1177/0094582X19881995

HARVEY, D. Cidades rebeldes. Do direito à Cidade à revolução urbana. São Paulo: Martins Fontes, 2014.

HARVEY, D. Política anticapitalista em tempos de COVID-19. In: Davis, Mike et al.(organizadores). Coronavírus e a luta de classes. Terra sem Amos: Brasil, 2020, p.12-24.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Aglomerados Subnormais, 2019. Disponível em Internet:https://www.ibge.gov.br/geociencias/organizacao-do-territorio/tipologias-do-territorio/15788-aglomerados-subnormais.html.

LASTRA, MANUEL SUÁREZ et al. Índice de vulnerabilidad ante el COVID-19 en México. Investigaciones Geográficas, Número especial COVID. México: Instituto de Geografia, UNAM, 2021, p. 1-22.

LEFEBVRE, H. A cidade do capital. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2001.

LIMA, T. Fome Coletiva, Pandemia e Genocídio. Estadão - Gestão, Política & Sociedade. Como a conjuntura do País afeta o ambiente público e o empresarial, 2021. Disponível em Internet:https://politica.estadao.com.br/blogs/gestao-politica-e-sociedade/fome-coletiva-pandemia-e-genocidio/.

LONDRINA. PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA. Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina/IPPUL. Plano Diretor Municipal de Londrina (revisão 2018-2028): relatório final da etapa 2, avaliação temática integrada. Londrina: IPPUL. Disponível em Internet: http://www1.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/ippul/RELATORIOS/ETAPA_2-CADERNO_2_SISTEMA_DE_SUSTENTACAO_NATURAL.pdf.

LONDRINA. PREFEITURA MUNICIPAL DE LONDRINA. Dados Epidemiológicos: Boletim Informativo - Coronavírus. Londrina. 2021. Disponível em Internet: https://saude.londrina.pr.gov.br/index.php/dados-epidemiologicos/boletim-informativo.html.

OLIVEIRA, A. P DA S; DAVI, A. N.; ANTONELLO, I. T. Atores que produzem e moldam o espaço urbano: A autoconstrução como expressão do saber popular na ocupação do Córrego Sem Dúvida em Londrina, Paraná, Brasil. Geographia Opportuno Tempore, Londrina, 2020, v.6, n. 2, p. 24 – 42.

PACHECO, M. O. et al. As desigualdades na Área Metropolitana de Brasília e os perigos do coronavírus (COVID-19): impacto das medidas não farmacológicas no sistema de saúde e no funcionamento da metrópole.2020 Disponível em Internet: https://www.observatoriodasmetropoles.net.br/wp-content/uploads/2020/04/ARTIGO_As-desigualdades-no-DF-Metropolitano-e-os-perigos-do-coronavi%CC%81rus.pdf.

ROLNIK, Raquel. Segregação urbana aceita na ditadura segue sendo o padrão.2014. Disponível em Internet: http://www.viomundo.com.br/ denuncias/raquel-rolnik-segregacao-urbana-adotada-na-ditadura-militar-segue-sendo-o-padraonobrasil .html.

SABATINI, F. La segregación social del espacio en las ciudades de América Latina. BID Desarrollo Social. Documento de Estrategia. Washington DC, 2003.

SOUZA, M. B. de. Segregação Socioespacial, Covid-19 e as repercussões territoriais no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Ágora, (St. Cruz Sul, Online), 2020, v.22, n.2, p. 39-57.

VILLAÇA F. São Paulo: segregação urbana e desigualdade. Estudos Avançados, 2011,25(71), p. 37-58. Disponível em Internet: https://www.revistas.usp.br/eav/article/view/10597.